Por Amor, e não Por Medo

Estamos vivendo a maior crise das últimas décadas, é claro. Como um pequeno alento, também é claro que a humanidade não parou de fazer poesia. Alguns poetas, músicos, pintores e ativistas nos lembram que para os próximos dias (e meses) nós podemos tomar todos os cuidados por medo, e sofrer muito, ou tomá-los todos por amor, e aprender um pouco mais sobre nós mesmos e os outros. Porque eu vivo imerso no assunto, isso me lembrou que nossas relações com as crianças também podem ser assim.

Às vezes, no meio de um curso, uma(um) participante levanta a mão e diz: “Gabriel, você está falando, e eu estou com medo porque acho que destruí o meu filho”.

Outros, quando escutam falar sobre as crianças mais velhas, levantam a mão do mesmo jeito, mas dizem: “Gabriel, que bom que esse seu curso fala das crianças mais velhas, porque eu consigo ver que ainda existe esperança para casos como o meu”.

Neste texto, eu quero dizer que ainda existe esperança, sempre. E que nós nunca precisamos agir com nossos filhos por medo de “destruir” suas naturezas. Podemos agir por amor. Não pelo desejo de que eles sejam muito bons e muito melhores do que todo mundo, que isso é só o medo ao contrário. Mas para que eles sejam felizes, internamente equilibrados, fortes e capazes de conexão, porque isso é amor.

A mudança não tem nada a ver com as ações exteriores – não muda a forma como você organiza o ambiente, nem as atividades que faz pela casa com seus filhos. Mas muda você, por dentro. O medo nos faz segurar em tudo (pensa em você atravessando uma ponte muito alta, com medo), e segurar cansa e pode nos fazer agir pensando só em mim – ou só no meu filho – e esquecer os outros.

O amor é diferente, ele solta. Ele deixa ir, e se alegra com o voo da liberdade dos outros, o amor acaricia sem segurar, aceita sem exigir. O amor é a base de todas as nossas ações corretas com a criança porque ele permite que nós tenhamos uma visão de esperança, todos os dias. Ele nos incentiva a ter fé na criança, a confiarmos em seus capacidades. O amor diminui as expectativas, porque nos ajuda a aceitar e amar o que já existe, mesmo enquanto damos tudo de nós para ajudar o outro (o filho) a viver sua vida da forma mais plena e forte possível.

Nesses tempos, em que temos de agir de forma incomum, podemos aproveitar para ter pensamentos incomuns também. Vamos além do medo? Montessori nos dizia que “De todas as coisas o amor é a mais potente”, e nós podemos usar momentos de crise para aprender a amar – afinal, a “coisa mais potente” sempre pode ser útil, para nossos filhos, e para a humanidade.


Existem muitos caminhos para uma cheia de amor com as crianças. Se você quiser conhecer esses caminhos, venha ver o novo curso do Lar Montessori. Ele foi criado a partir de centenas de conversas com famílias e de um estudo profundo da obra montessoriana. Veja o que algumas famílias estão dizendo:

Parabéns pelo curso, por em apenas duas horas você conseguir sintetizar tantas coisas complexas de uma maneira que parece simples. Há 5 dias eu comprei o curso e assisti tudo. Só tenho a agradecer. A mudança é real.

Alan (pai)

Esse curso foi transformador, mesmo depois de ter feito vários outros cursos.

Jennifer Barbosa, mãe

Deixe uma resposta