Esses dias alguém perguntou por onde começar a fazer Montessori em casa, qual o primeiro passo… E eu me enrolei sugerindo liberdade, paciência, observação. Eu devia ter sugerido um banquinho para a criança acessar a torneira, e que o adulto…

Esses dias alguém perguntou por onde começar a fazer Montessori em casa, qual o primeiro passo… E eu me enrolei sugerindo liberdade, paciência, observação. Eu devia ter sugerido um banquinho para a criança acessar a torneira, e que o adulto…
Montessori pergunta: Você alguma vez deu ao seu filho, mesmo que só por um dia, a oportunidade de fazer o que ele quisesse, sem interferência?
Ficar de joelhos é uma forma universal de demonstrar respeito e reverência. Mas nem sempre é por isso que os adultos se ajoelham diante das crianças.
Muitas famílias que querem dar liberdade às crianças em casa têm receio de que fora de casa as crianças queiram ter a mesma liberdade, e agir da mesma maneira que agem no ambiente familiar.
Todas as crianças jogam coisas. As mesmas coisas. Na mesma idade. Pelos mesmos motivos. E as soluções são simples de colocar em prática.
Não importa quantos brinquedos eles tenham, tudo o que não é brinquedo parece ser muito mais divertido, e atrai suas mãos como um imã. Se nós deixarmos a criança pegar em tudo, ela desbrava, a cada objeto, mais um pouquinho da vida.
Dois fatores conduzem a uma boa vida para a criança. O mais crítico é encontrar soluções para os conflitos que a ela tem com o adulto e o ambiente. Para ajudar a criança a se libertar, Montessori sugeria dois caminhos.
Todas as crianças dizem "Não!", e isso é uma senha para um aspecto fundamental de seu desenvolvimento. Montessori nos ensina a entender o "Não!" e viver melhor com nossos filhos.
Maria Montessori defendeu a vida toda que o movimento é a expressão da inteligência, e é também o meio para o desenvolvimento completo da criança. O que acontece, então, em um mundo no qual as crianças se movimentam cada vez menos?
A criança que pode salvar o mundo é uma criança específica. Não é qualquer uma. Na maior parte das casas e das escolas, as crianças são educadas em guerra e para a guerra. Quase toda nossa comunicação com elas se dá na base de ordens e negações. Faça isso, pegue aquilo... não faça assim, não mexa nisso. Desejamos filhos fortes, independentes e capazes, mas os criamos fazendo tudo por eles, inibindo seu movimento, ajudando o tempo todo. O mundo pode ser diferente, se nós pudermos criar uma experiência nova de infância para nossas crianças e adolescentes.